terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Envergamos, mas não Quebramos


Após 7 (sete) dias da efetivação do #FestivalMoinhoVivo e vivenciando na plenitude seus desdobramentos, me sinto a vontade para escrever nestas breves linhas parte do processo de construção do mesmo, vivencias, aprendizados e modelos de uso critico e ativo da internet e suas interfases, além da luta pela mobilização.
Iniciamos a construção do que se transformou numas das maiores demonstrações de articulação e mobilização do Hip Hop nos últimos tempos, chamando para o debate várias vertentes dos movimentos sociais, mídia, terceiro setor, políticos profissionais e cidadãos comuns que motivados pelo chamamento da Associação Cultural e Educacional Movimento Hip Hop Revolucionário (MH2R) aceitaram e fomentaram o que tentarei explicitar nas linhas seguintes.
Como é do saber da grande maioria no dia 22 de dezembro de 2011 a Comunidade afavelada do Moinho foi acometida por um grande incêndio que consumiu centenas de barracos, destruindo com sua devastadora força moveis, roupas, fotografias, histórias e vidas. Fato este que motivou uma outra intervenção por nossa parte, já que já desenvolvíamos alguns trabalhos pontuais naquele espaço.
Chegamos na comunidade no dia 28 de dezembro de 2011, 6 (seis) dias depois do ocorrido e o que encontramos foi um cenário desolador, cenário que exalava angustia, sofrimento, abandono e total falta de perspectivas de que dias melhores viriam. O pensamento instantâneo foi de elevarmos num primeiro momento a autoestima daqueles moradores e com isso potencializarmos o engajamento da maioria numa frente de luta pela restauração do ambiente acolhedor que sempre se fez aquele espaço, reconstrução dos domicílios e atendimentos aos flagelados no que tange alimentação, roupas, colchões e todo e qualquer utensilio que proporcionasse, mesmo parecendo contraditório, algum conforto.
Nossas maiores referencias neste momento foram Jackson e Amaral do grupo de rap DUCORRE, Milton Sales, Alessandra (presidente em exercício da associação de moradores), Vilas e Geovane (lideranças natas e grandes trabalhadores para a melhora da comunidade a décadas) uma vez explicado e entendido nosso projeto, arregaçamos as mangas e fomos ao trabalho, trabalho este árduo, cansativo e ao mesmo tempo motivador.
Iniciamos os trabalhos a partir de um vídeo que foi postado pelo companheiro Fernando Pequeno, o mesmo produtor do vídeo clipe do grupo de rap DUCORRE, com este iniciamos uma campanha chamada de #MoinhoVivo, utilizando as redes sócias para convocar as varias vertentes de militância a somarem nesta luta. Sendo assim, também produzimos 3 (três) vídeos denuncias e estes potencializaram a construção de vários outros por parte das pessoas e coletivos que se envolveram na proposta. Buscamos em todo o processo fomentar a participação e a colaboração, utilizando a criatividade como grande estratégia para fortalecer a participação de todos e todas nesta empreitada.
Na sequencia buscamos parcerias para promover um grande encontro da Cultura Hip Hop e com isso construir o que se tornaria um dos maiores exemplos de participação, mobilização e intervenção social e solidaria, foram convocados vários grupos de rap, escritores de graffiti, b.boyng’s, popeer’s, locker’s e dj’s e a partir destes o #FestivalMoinhoVivo se configurava no grandioso modelo de solidariedade que se fez.
Fotos: R.DONASK
Por: BobControversista

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